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Vida é uma característica que distingue entidades físicas que têm processos biológicos, como processos de sinalização celular e autossuficiência, daquelas que não têm, seja porque tais funções cessaram (morreram), ou porque nunca tiveram tais funções e são classificadas como inanimadas. Existem várias formas de vida, como plantas, animais, fungos, protistas, arqueas e bactérias. A biologia é a ciência que estuda a vida. Atualmente não há consenso quanto à definição de vida. Uma definição popular é que os organismos são sistemas abertos que mantêm a homeostase, são compostos de células, têm um ciclo de vida, sofrem metabolismo, podem crescer, se adaptar ao ambiente, responder a estímulos, reproduzir e evoluir. Outras definições às vezes incluem formas de vida não celulares, como vírus e viroides.
A abiogênese é o processo natural da vida que surge de matéria não viva, como compostos orgânicos simples. A hipótese científica predominante é que a transição de entidades não vivas para vivas não foi um evento único, mas um processo gradual e de complexidade crescente. A vida na Terra apareceu pela primeira vez há 4280 milhões de anos, logo após a formação do oceano, há 4410 milhões de anos, e não muito depois da formação da Terra, há 4540 milhões de anos. As primeiras formas de vida conhecidas são microfósseis de bactérias. A vida na Terra provavelmente descende de um mundo de RNA, embora a vida baseada em RNA possa não ter sido a primeira vida a existir. O clássico experimento de Miller e Urey, de 1952, e pesquisas semelhantes demonstraram que a maioria dos aminoácidos, os constituintes químicos das proteínas usadas em todos os organismos vivos, podem ser sintetizados a partir de compostos inorgânicos sob condições semelhantes àquelas encontradas na Terra primitiva. Moléculas orgânicas complexas ocorrem no Sistema Solar e no espaço interestelar e elas podem ter fornecido matéria-prima para o desenvolvimento da vida na Terra.
Desde seus primórdios, a vida na Terra mudou seu ambiente em uma escala de tempo geológica, mas também se adaptou para sobreviver na maioria dos ecossistemas e condições. Alguns microrganismos, chamados extremófilos, prosperam em ambientes físicos ou geoquimicamente extremos que são prejudiciais à maioria das outras formas de vida na Terra. A célula é considerada a unidade estrutural e funcional da vida. Existem dois tipos de células, procarióticas e eucarióticas, ambas consistindo em citoplasma fechado por uma membrana e contendo muitas biomoléculas, como proteínas e ácidos nucleicos. As células se reproduzem por meio de um processo de divisão celular, no qual a célula-mãe se divide em duas ou mais células-filhas.
No passado, houve muitas tentativas de definir o que se entende por "vida" por meio de conceitos obsoletos como força ódica, hilomorfismo, geração espontânea e vitalismo, que agora foram refutados por descobertas biológicas. Aristóteles é considerado a primeira pessoa a classificar os organismos. Mais tarde, Carl Linnaeus introduziu seu sistema de nomenclatura binomial para a classificação das espécies. Eventualmente, novos grupos e categorias de vida foram descobertos, como células e microrganismos, forçando revisões dramáticas da estrutura das relações entre os organismos vivos. Embora atualmente conhecida apenas na Terra, a vida não precisa se restringir a ela, e muitos cientistas especulam sobre a existência de vida extraterrestre. O conceito de vida artificial é definido por uma simulação de computador ou uma reconstrução feita pelo homem de qualquer aspecto da vida, que é frequentemente usada para examinar sistemas relacionados à vida natural. A morte é o término permanente de todos os processos biológicos que sustentam um organismo e, como tal, é o fim de sua vida. O termo extinção descreve a morte de um grupo ou táxon, geralmente uma espécie. Os fósseis são os restos ou vestígios preservados de organismos.